quinta-feira, 25 de junho de 2009

INvísivelOFF





Algumas imagens do projecto
(15-18 junho 2009)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Reflexão

Estava a eu a estudar para um exame de estudos de arte que tenho 4ªfeira próxima, quando dou por mim a ler sobre a "questão Coimbrã"....no meio de muito texto e a propósito do grupinho de Feliciano Castilho (homem das letras que ajudava jovens escritores mediante os elogios) eis então que me deparo com a expressão "Escola do elogio mútuo"(de Antero de Quental).... Epah engraçado que esta expressão de há 2 séculos ainda se enquadre tão bem nos dias que correm. Analisemos com um pouco mais de cabeça(se é que isto merece) O que são os programinhas da tarde do fim de semana do canais generalistas (sic, rtp e tvi)? Como o meu bom pai diz "mais um programinha onde se elogiam uns aos outros", programas que saem baratos ao canal e que não obriga a abrir muito o leque do pouco conhecimento de quem neles abre a boca.  Infelizmente, a televisão é tanto o reflexo da sociedade, como também, a sociedade é o reflexo do que passa na televisão. Assim se passa em todo o lado ( mesmo, MESMO em todo o lado).... vive-se mais do elogio aos inúteis do que do conhecimento dos inteligentes! Como é que querem que este mundinho ande para a frente? 

Ps: depois ainda chamam à minha geração de "Cínica".... 
Ps2: se cínismo é apontar o dedo ao que está errado e lutar por mudar as coisas, então eu sou CÍNICA com letras maiúsculas. Farta de inúteis lambe botas estou eu!

... e é tudo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

Para Ler e reflectir

Caminho I
Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...  

Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!... 
 
Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora, 

Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.               
       Camilo Pessanha

domingo, 7 de junho de 2009

Apresentação teórica do projecto

Lisboa,7 de Junho de 2009

 

A arte deve passar por ser reflexo do interior de cada um, tanto do artista como por quem vê a obra e a assume como arte. Por isso considero que se uma peça transmite algo a uma outra pessoa que não o próprio artista, então essa peça já obteve o resultado pretendido e que por isso não precisa de explicações.  Assim como na matemática não precisamos de analisar a conta toda se no fim, depois do sinal (=) o resultado está certo.

 

Mas confirmemos se nesta conta o resultado está correcto, voltemos atrás e vamos rever os passos que nos levaram a esta resposta.

 

Valerá a pena descrever o invisível ou o visível ?

Perda ignóbil de tempo… pode-se procurar no dicionário um significado (invisível-adj.Que não se vê ou não pode ser visto.;visível -adj. 2 gén Que pode ser visto; Que não está interceptado! por coisa que no-lo oculte;Perceptível!.) mas será esta a resposta que procuramos?!

Estes termos tão vagos e sem resposta concreta são reflexo da minha própria condição actual, de falta de precisão. No meio da neblina onde nada é bem visível nem chega a ser invisível. Estou perdida!

Quando pintamos um quadro precisamos de nos afastar de quando a quando para vermos o quadro no seu todo, compreendermos onde devemos alterar algo, o que está bem e o que não está tão bem. Assim é também na vida real, ás vezes é preciso “afastarmo-nos” para se ver de fora as coisas, compreendermos certas situações, sentimentos e emoções.

Foi o “fugir” e o “voltar” que me trouxeram a esta encruzilhada, foi, também, esta viagem que me ensinou a sentir mais intimamente as coisas.

 

Neste projecto tento transmitir a sensação de invisibilidade que senti quando me encontrava “fugida”, senti que não era ninguém que era por e simplesmente INVISIVEL. Duas das peças que vou expor foram inspiradas em dois momentos que vivi em Paris, momentos esses que no meio de uma tremenda solidão em mim mesma me senti visível. Uma agitação por dentro de nós mesmos que não nos é indiferente e, que na maioria das vezes, é desprezado pelos outros que “estão ao nosso lado”. O que quero dizer com tudo isto é que não devemos desprezar o que não nos é visível ao primeiro olhar, é preciso dar mais tempo às coisas, por vezes é preciso reflectirmos e não deixarmos só um instante contar tudo.

 

Peço que dêem tempo as estas peças para que elas se revelem.

 

 

Margarida Salvador Lisboa

work on



A preparar o projecto final... junho de 2009
















quarta-feira, 3 de junho de 2009

Data

Informação:
Começo a montar a sala para o meu projecto no dia 13 e desmonto dia 18. Sala 412 na FBAUL.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vamos lá desenhar


Isto que apresento aqui pouco tem a ver com o resto do blogge, este e um desenho que fiz (em 2 tempos) para ajudar minha amiga Joana Faria (estudante de Universidade Lusófuna) num trabalho. Espero que a ratinha conselheira consiga muitos sucessos :oP. 
Um abraço 
Margarida S. Lisboa

segunda-feira, 1 de junho de 2009

..."O invisível se vê"....
(Fernando Pessoa)

..."Peut-être la réalité n'appartient définitivement à aucune perception particulére (...) elle est toujours plus loin." ...

(... Talvez a realidade não pertença definitivamente a alguma percepção particular (...) ela está sempre mais longe...)

Maurice Merleau-Ponty
Le Visible et L'invisible

Ne faul-it pas dire que
l'idée de la transcendance = renvoie à l'infini tout le que nous crayons toucher ou voir?

Non cependant: le visible, qui est toujours "plus loin", est  présenté en tant que tel il est l'urprasentation du nichturprasenteirbar_ voir, c'est précisément, en depit de l'analyse infinie toujours possible, et quoique nul Etwas ne vous reste jamais dans la main, auir un Etwas.
Est-ce donc pure et simple contradiction? Nullement: le visible cesse d'être un inaccessible si je le conçois, non selon la pensée proximale, mais comme englobant, investissement lateral, chair.

"Visible et l'invisible"_Maurice Merleau-Ponty

1a das peças



domingo, 24 de maio de 2009

Esta Fotografia é um aperitivo para o projecto que estou a desenvolver. Foi tirada durante a minha estadia em Paris. Agradeço a paciência e amizade da modelo (Marta Ferreira) uma boa companheira de casa :o). 
Margarida S.Lisboa.

A história do "rei vai nu"


"O Rei vai Nu"
(Conto Tradicional Português) 

Era uma vez um rei muito vaidoso e que gostava de andar muito bem arranjado. 
Um dia vieram ter com ele dois aldabrões que lhe falaram assim: 
- Majestade, sabemos que gosta de andar sempre muito bem vestido - bem vestido como ninguém; e bem o mereceis! Descobrimos um tecido muito belo e de tal qualidade que os tolos não são capazes de o ver. Com um fato assim Vossa Majestade poderá distinguir as pessoas inteligentes dos tolos, parvos e estúpidos que não servirão para a vossa corte. 
- Oh! Mas é uma descoberta espantosa! - respondeu o rei. Tragam já esse tecido e façam-me o fato; quero ver as qualidades das pessoas que tenho ao meu serviço. 
Os dois aldrabões tiraram as medidas e, daí a umas semanas, apresentaram-se ao rei dizendo: 
- Aqui está o fato de Vossa Majestade. 
O rei não via nada, mas como não queria passar por parvo, respondeu: 
- Oh! Como é belo! 
Então os dois aldrabões fizeram de conta qua estavam a vestir o A notícia correu toda a cidade: o rei tinhaum fato que só os inteligentes eram capazes de ver. 
Um dia o rei resolveu sair para se mostrar ao povo. Toda a gente admirava a vestimenta, porque ninguém queria passar por estúpido, até que, a certa altura, uma criança, em toda a sua inocência, gritou: 
- Olha, olha! O rei vai nu! 
fato, com todos os gestos necessários e... gestos necessários e exclamações elogiosas: 
- Ficais tâo elegante! Todos vos invejarão! 
Como ninguém da corte queria passar por tolo, todos diziam que o fato era uma verdadeira maravilha. O rei até parecia um deus! Foi um espanto! Gargalhada geral. Só então o rei compreendeu que fora enganado; envergonhado e arrependido da sua vaidade, correu a esconder-se no palácio. 

(margarida lisboa)

próximo projecto


partindo do conceito do visível/ invisível... esse tema tão pouco vago. mas que tal voltar às origens? como se nos pedissem para imaginar uma cadeira, o que nos vêm logo à cabeça (falando por mim) é uma cadeira de linhas simples de madeira sem nada de mais a declarar. vamos brincar com a óptica, vamos brincar as escondidas....o que se tornou "invisível" mesmo sem o ser, ou talvez não. todos conhecem a história do "rei vai nu" (senão prometo dentro em breve meter no blogue), pois bem tentarem "embrulhar pinturas"  nesse "tecido mágico" de que era, supostamente, feito o fato do rei. mas como não quero esquecer linhas de trabalhos anteriores, só vos digo que o feminino estará como sempre em força. 

deixo-vos com uma música:


"mulher invisível"

Composição: Ritchie/Bernardo Vilhena/Steve Hackett

A mulher invisível
Como foi, ninguém sabe muito bem
Ela entrou feito um raio
Não esbarrou em ninguém
Vive sempre assim, a mil anos além
A mulher invisível

Entra e sai, muita gente, confusão
O sinal fechado, e ela vem na contramão
Ela é invencível, pura ficção
A mulher invisível

Ela está onde ninguém está
Ela é dona da noite, abandona o dia
Ela mora em nenhum lugar
Ela é pura energia......

Vai passar, está passando, já passou
Seu olhar nos olhos é uma história de amor
Não me deixa só, me deixe por favor
Oh mulher invisível

Muito perto o deserto do olhar
Longe o horizonte, a imensidão do mar
Mas onde será que ela quer chegar?
A mulher invisível

Ela está onde ninguém está
Abandona a noite, é dona do dia
Ela mora em nenhum lugar
Ela é pura energia......


sábado, 9 de maio de 2009

Emancipação da Loucura









A Emancipação da Mulher ou Feminismo, como movimento e filosofia, surgiu no século XVIII com o iluminismo. Mary Wollstonecraft escreve, ainda no século XVIII, o livro “Em defesa dos direitos da Mulher”. Wollstonecraft acreditava que ambos os sexos contribuíam para a degradação da mulher e defendia que as mulheres detinham grande poder sobre os homens. Olhando hoje para o panorama geral feminino não poderia estar mais de acordo. Certos casos chegam ao extremo, outros nem tanto, a verdade é que a emancipação da mulher é usada muitas vezes como argumento pouco válido em determinadas ocasiões, como por exemplo em casos de puro exibicionismo corporal, etc.

Entre outros aspectos, algumas feministas declaram ódio aos homens, tentando mostrar a inferioridade masculina, certos textos feministas transformam-se quase em “manifestos racistas”.

Por conseguinte, gostaria de tentar ultrapassar, metaforicamente, a barreira entre a luta pela igualdade entre os sexos e o feminismo extremo.

 

 

 

The women Emancipation or Feminism, as a movement and philosophy, emerged with the Enlightenment age during the 18th century.  In the same century, Mary Wollstonecraft writes the book “A Vindication of the Rights of Woman, whose author believed that both genders contributed to women’s degrading, and also plead that women kept a great power towards men.

Taking into to account the actual situation, I could not agree more. For certain cases, extreme situations took place, and the truth is that women emancipation is often used as a less valid argument in some occasions, such as in examples of genuine bodily exhibitionism, etc.

Among other aspects, many feminists declared hostility towards men, making efforts to display masculine inferiority, and certain feminists’ texts almost became “racial manifests”.

Consequently, I would like to metaphorically cross the border between the struggle for the equality between genders and the extreme feminism.

 Texto e Fotografias : Margarida Salvador Lisboa