domingo, 24 de maio de 2009

Esta Fotografia é um aperitivo para o projecto que estou a desenvolver. Foi tirada durante a minha estadia em Paris. Agradeço a paciência e amizade da modelo (Marta Ferreira) uma boa companheira de casa :o). 
Margarida S.Lisboa.

A história do "rei vai nu"


"O Rei vai Nu"
(Conto Tradicional Português) 

Era uma vez um rei muito vaidoso e que gostava de andar muito bem arranjado. 
Um dia vieram ter com ele dois aldabrões que lhe falaram assim: 
- Majestade, sabemos que gosta de andar sempre muito bem vestido - bem vestido como ninguém; e bem o mereceis! Descobrimos um tecido muito belo e de tal qualidade que os tolos não são capazes de o ver. Com um fato assim Vossa Majestade poderá distinguir as pessoas inteligentes dos tolos, parvos e estúpidos que não servirão para a vossa corte. 
- Oh! Mas é uma descoberta espantosa! - respondeu o rei. Tragam já esse tecido e façam-me o fato; quero ver as qualidades das pessoas que tenho ao meu serviço. 
Os dois aldrabões tiraram as medidas e, daí a umas semanas, apresentaram-se ao rei dizendo: 
- Aqui está o fato de Vossa Majestade. 
O rei não via nada, mas como não queria passar por parvo, respondeu: 
- Oh! Como é belo! 
Então os dois aldrabões fizeram de conta qua estavam a vestir o A notícia correu toda a cidade: o rei tinhaum fato que só os inteligentes eram capazes de ver. 
Um dia o rei resolveu sair para se mostrar ao povo. Toda a gente admirava a vestimenta, porque ninguém queria passar por estúpido, até que, a certa altura, uma criança, em toda a sua inocência, gritou: 
- Olha, olha! O rei vai nu! 
fato, com todos os gestos necessários e... gestos necessários e exclamações elogiosas: 
- Ficais tâo elegante! Todos vos invejarão! 
Como ninguém da corte queria passar por tolo, todos diziam que o fato era uma verdadeira maravilha. O rei até parecia um deus! Foi um espanto! Gargalhada geral. Só então o rei compreendeu que fora enganado; envergonhado e arrependido da sua vaidade, correu a esconder-se no palácio. 

(margarida lisboa)

próximo projecto


partindo do conceito do visível/ invisível... esse tema tão pouco vago. mas que tal voltar às origens? como se nos pedissem para imaginar uma cadeira, o que nos vêm logo à cabeça (falando por mim) é uma cadeira de linhas simples de madeira sem nada de mais a declarar. vamos brincar com a óptica, vamos brincar as escondidas....o que se tornou "invisível" mesmo sem o ser, ou talvez não. todos conhecem a história do "rei vai nu" (senão prometo dentro em breve meter no blogue), pois bem tentarem "embrulhar pinturas"  nesse "tecido mágico" de que era, supostamente, feito o fato do rei. mas como não quero esquecer linhas de trabalhos anteriores, só vos digo que o feminino estará como sempre em força. 

deixo-vos com uma música:


"mulher invisível"

Composição: Ritchie/Bernardo Vilhena/Steve Hackett

A mulher invisível
Como foi, ninguém sabe muito bem
Ela entrou feito um raio
Não esbarrou em ninguém
Vive sempre assim, a mil anos além
A mulher invisível

Entra e sai, muita gente, confusão
O sinal fechado, e ela vem na contramão
Ela é invencível, pura ficção
A mulher invisível

Ela está onde ninguém está
Ela é dona da noite, abandona o dia
Ela mora em nenhum lugar
Ela é pura energia......

Vai passar, está passando, já passou
Seu olhar nos olhos é uma história de amor
Não me deixa só, me deixe por favor
Oh mulher invisível

Muito perto o deserto do olhar
Longe o horizonte, a imensidão do mar
Mas onde será que ela quer chegar?
A mulher invisível

Ela está onde ninguém está
Abandona a noite, é dona do dia
Ela mora em nenhum lugar
Ela é pura energia......


sábado, 9 de maio de 2009

Emancipação da Loucura









A Emancipação da Mulher ou Feminismo, como movimento e filosofia, surgiu no século XVIII com o iluminismo. Mary Wollstonecraft escreve, ainda no século XVIII, o livro “Em defesa dos direitos da Mulher”. Wollstonecraft acreditava que ambos os sexos contribuíam para a degradação da mulher e defendia que as mulheres detinham grande poder sobre os homens. Olhando hoje para o panorama geral feminino não poderia estar mais de acordo. Certos casos chegam ao extremo, outros nem tanto, a verdade é que a emancipação da mulher é usada muitas vezes como argumento pouco válido em determinadas ocasiões, como por exemplo em casos de puro exibicionismo corporal, etc.

Entre outros aspectos, algumas feministas declaram ódio aos homens, tentando mostrar a inferioridade masculina, certos textos feministas transformam-se quase em “manifestos racistas”.

Por conseguinte, gostaria de tentar ultrapassar, metaforicamente, a barreira entre a luta pela igualdade entre os sexos e o feminismo extremo.

 

 

 

The women Emancipation or Feminism, as a movement and philosophy, emerged with the Enlightenment age during the 18th century.  In the same century, Mary Wollstonecraft writes the book “A Vindication of the Rights of Woman, whose author believed that both genders contributed to women’s degrading, and also plead that women kept a great power towards men.

Taking into to account the actual situation, I could not agree more. For certain cases, extreme situations took place, and the truth is that women emancipation is often used as a less valid argument in some occasions, such as in examples of genuine bodily exhibitionism, etc.

Among other aspects, many feminists declared hostility towards men, making efforts to display masculine inferiority, and certain feminists’ texts almost became “racial manifests”.

Consequently, I would like to metaphorically cross the border between the struggle for the equality between genders and the extreme feminism.

 Texto e Fotografias : Margarida Salvador Lisboa